Sucesso nas rádios e no coração dos fãs ao longo de quatro décadas, Amado Batista chega aos 68 anos de idade de olho nas radicais mudanças do mercado fonográfico. Dono de uma marca superior a 27 milhões de álbuns vendidos, o cantor passou por Fortaleza após duas apresentações pelo interior do Estado. Os shows por Canindé e Monsenhor Tabosa explicam o carisma do artista com o público. "O povo vai atrás do artista quando a música é boa", define o goiano em entrevista.
Reconhecido nos cantos mais distantes do País, o novo lançamento de Amado repassa 44 anos de carreira. Com direção artística de Rick Bonadio, "Amado Batista – 44 Anos” reúne em CD e DVD uma série de canções clássicas. O material traz hits de todas as fases, incluindo o primeiro, “Desisto” (1977), lançado inicialmente em compacto.
Amado Batista explica que o repertório do disco é um apanhado das músicas mais acessadas no mundo virtual. Uma forma de entender e medir o que o público anda ouvindo. Com mais de 500 músicas gravadas desde 1975, o cantor explica que algumas foram surpresa, caso de “Quem Foi o Ladrão”. Bem sucedido em uma época na qual as gravadoras detinham o controle, o desafio nos dias atuais é como conseguir produzir e ganhar o valor correto com os direitos autorais.
Amado Batista afirma que nos momentos de descanso até chega a tocar algo no violão, piano ou gaita. Diferente de outros artistas da música nunca foi de ter estúdio em casa. "Não me interesso". Diferente de décadas anteriores, no qual mantinha o ritmo de gravar um novo disco a cada ano, o momento é de trabalhar singles. "Gravo de dois a três canções e trabalho elas. Roberto Carlos também produz assim, hoje", explica.
Pesquisa, Redação e Edição: Carlos Martins
Fonte: Redação
Foto: Camila Lima