Matéria do UOL sobre o lançamento de "Rita Lee - Uma Autobiografia" liberou alguns trechos deliciosos, outros tristes, da história da Rainha do Rock Brasileiro.

Na cama com o Yes

"Impressionante como em cada esquina de Londres a gente encontrava um brazuca órgão do tropicalismo. Na rua dou de cara com Toninho Peticov, sempre animado e sabendo tudo o que rolava na cidade. A pedida para o dia seguinte era Elton John no Crystal Palace abrindo para o Yes. Hãã? Seria aquele o prato frio da vingança por ter sido expulsa da banda? Enquanto 'os the brazilian Sim' copiavam o som deles no Brasil, eu os assistia ao vivo em Londres. Na metade da apresentação de Elton, tomei uma pedrinha que foi bater nos primeiros acordes do Yes. Com LSD impossível não existe, não me pergunte como fui parar no palco sentadinho no maior flerte. Também não me pergunte como fui parar no camarim deles e muito menos acordar descabelada, plissada, godê numa cama rodeada de um monte de outros achados e perdidos humanos. Rita, quem diria, você groupie do Yes!"

Furtando a cobra de Alice Cooper

"Tudo porque uma hora lá ele entra no palco cachoalhando violentamente uma cobra e depois de fazer seu número de fodão, atira a bichinha no chão e pisoteia. Um contrarregra entrava na moita e a recolhia (...). Passei a lábia no segurança do backstage e entrei (...) De cara fui com a cara do roadie, um inglês chamado Andy Mills. Digamos que fomos com a cara um do outro e cinco minutos depois fugimos de lá levando a gaiola com a jiboia e de quebra outra jiboinha bebê que seria treinada também para atuar nas micagens grotescas do canalha. A cobra que foi maltratada no palco chamava-se Mouchie, aquela mesma que está na caba do disco 'Killer'. A cobrinha bebê era Angel e adorava se enrolar de pulseira no braço dos humanos."

Pesquisa, Redação e Edição: Carlos Martins

Por João Paulo Andrade

Fonte: Whiplash

Foto: Reprodução