O vocalista e guitarrista Samuel Rosa reforçou, em entrevista ao programa "Altas Horas", da TV Globo, que o Skank não está encerrando suas atividades em definitivo. De acordo com o músico, trata-se de um "até logo", já que a banda deverá retornar no futuro.

"A gente não está chamando de fim, porque tenho plena convicção que vamos continuar como sempre foi, a nossa relação de carinho e respeito um pelo outro. Tenho certeza que o Skank vai retomar e fazer outras coisas pela frente", disse Samuel Rosa, conforme transcrito pelo site Uol.

Rosa reforçou que o hiato representa o "término de um ciclo". "Acho que o Skank ainda tem coisa a apresentar. Acho que, por mais paradoxal que possa parecer, esse hiato vai contribuir muito para a longevidade do Skank", afirmou ele, indicando "caminhos individuais" para o futuro.

O Skank anunciou, em novembro de 2019, que sua próxima turnê seria a última no momento. A ideia é passar o ano de 2020 na estrada para que, a partir de 2021, a banda entrasse em uma "parada sem previsão de volta".

Por meio de nota, o Skank afirma que "em meio a uma série de ondas aparentemente perfeitas, os músicos resolveram fazer uma pausa e irem para a praia testarem-se fora da única formação que conheceram desde que se juntaram para fazer um som em 1991".

Não houve desentendimentos entre os integrantes, que tocam juntos desde o início dos anos 90. "Não teve briga nem nada que pesasse para uma decisão figadal. Somente um desejo por experimentação, por correr riscos e buscar outras formas de realização sem ser como Skank", diz o texto.

Em entrevista à "Folha de S. Paulo", Samuel Rosa deu pistas de que trabalhará em carreira solo. "Quero me testar em outro ambiente musical, com outros parceiros. Cara, são 30 anos tocando com as mesmas pessoas! Já fiz de tudo lá. Está na hora de brincar um pouco, sabe?", afirmou.

Rosa destacou que o Skank "já não oferece mais riscos" e soa "cômodo". "Nesse sentido, várias bandas já morreram, mas nem sabem disso e continuam existindo. Muita gente acha que longevidade é sinônimo de sucesso, mas às vezes é simplesmente uma falta de assunto", disse.

A reportagem da "Folha de S. Paulo" citou os nomes de bandas como Capital Inicial e Jota Quest, também longevos e sempre com hits, como bandas que podem estar acomodadas. Samuel Rosa concordou. "Eu poderia ser linchado pelo outros integrantes, mas se o Dinho [Ouro Preto, vocalista do Capital Inicial] e o Rogério [Flausino, vocalista do Jota Quest] estivessem na minha frente, eu sugeriria também para eles um voo solitário", afirmou.

Pesquisa, Redação e Edição: Carlos Martins

Por Igor Miranda

Fonte: Altas Horas/Uol

Foto: Reprodução