O guitarrista Josh Klinghoffer, conhecido por seu trabalho com o Red Hot Chili Peppers entre 2009 e 2019, falou sobre seu atual projeto, o Pluralone, e outros assuntos em entrevista a Marcio Teixeira de Mello, do site Tenho Mais Discos Que Amigos. Durante o bate-papo, o músico repercutiu a respeito da atual situação do mundo e a pandemia do novo coronavírus.
O entrevistador comentou: "Aqui no Brasil, o presidente (Jair Bolsonaro) chegou a se pronunciar em rede nacional chamando a Covid-19 de 'gripezinha' e falando para as pessoas que elas deveriam ir para as ruas. Por aí (Estados Unidos), (o presidente) Donald Trump também não tem um comportamento dos mais responsáveis, não é?". Klinghoffer, então, respondeu: "Não sou nenhum especialista em política brasileira ou um expert no que acontece no dia a dia do país, mas, do pouco que eu ouvi, seu líder é tão idiota quanto o nosso".
Em seguida, Klinghoffer revelou esperar que, com essa crise, as pessoas não deem poder a "crianças crescidas" e que "gente séria deveria estar no comando". "Não posso falar o suficiente sobre quão desprezível é o homem que dirige nosso país, então devemos só esperar que uma parcela suficiente do povo aprenda esta lição. Tenho esperança, mas estou em uma bolha. Eu nunca, nem em um milhão de anos, acreditaria que as pessoas agiriam do jeito que agem hoje em dia. É uma desgraça", afirmou.
Os planos do guitarrista para 2020 foram diretamente afetados pela pandemia. Após lançar o álbum de estreia do projeto Pluralone, Josh Klinghoffer foi convidado para abrir a próxima turnê do Pearl Jam. Porém, a situação atual fez com que as datas fossem adiadas.
O músico, então, tem aproveitado o tempo para compor e criar demos. "De repente, muito em breve terei outro disco para gravar, e até mesmo um pronto antes de sairmos de nossas cavernas. Me sinto mal pelo Pearl Jam. Eles fizeram um disco lindo, inspirador e incrivelmente estimulante, e sei que estavam muito animados para tocá-lo para as pessoas", disse.
Klingohffer completa: "O mundo certamente se beneficiaria do que eles trariam, e no minuto que for seguro (fazer a tour), eles estarão lá fora, levando sorrisos a rostos de todos os lugares. Eu não pensei em mim ou no meu lance solo. É difícil pensar em si mesmo quando o mundo inteiro está sofrendo ao mesmo tempo. Nós vamos superar isso e, quando acontecer, talvez haja uma pluralidade de discos do Pluralone para servir de base para os shows".
Pesquisa, Redação e Edição: Carlos Martins
Por Igor Miranda
Fonte: Tenho Mais Discos Que Amigos
Foto: Reprodução