Os sinalizadores de desigualdades sociais persistem e mostram os desafios da Fortaleza que se divide entre diferentes demandas, mas se une em mobilização comunitária na reivindicação por melhoria da qualidade de vida. Quem forma essas redes de moradores, alvo do interesse das campanhas eleitorais no Município, indica a relevância da ampliação da oferta de saúde e de educação, distribuição de renda, além de políticas para redução da violência que atinge com mais força mulheres e pessoas negras. Ouvir os anseios da população, como defendem representantes de bairros, não pode ser mais algo pontual.

“Nas campanhas, para os vereadores, as lideranças comunitárias têm, muitas vezes, esse papel de fazer articulação entre os candidatos e candidatas e às comunidades ao organizar as demandas, apresentar as candidaturas e levar aos candidatos.

Quem recebeu a confiança da população do local deve buscar soluções para os desafios de oferta de saúde e de segurança no bairro. “Saúde é um ponto principal, porque nós temos dois postos de saúde mais próximos, mas por questões de violência eles estão com mudanças. Tem gente da minha rua que não pode ir no posto por questão do território (dividido por organizações criminosas)”.

Força conjunta

Paul Almeida, 38 anos, presidente da Associação de Moradores da Serrinha, diz ter sido desafio para a comunidade depositar votos de confiança neste pleito gerando, assim, a necessidade de debater propostas contrárias às necessidades de quem mais precisa. “A Associação de Moradores, com os movimentos sociais e coletivos - que se organizaram sobretudo no período da pandemia -, apresentou os candidatos que mais representavam os anseios da comunidade”.

Essa ponte pode ser realizada, como detalha, em políticas de comunicação por meio de assessores, realizações de reuniões comunitárias e pesquisas. “As lideranças são um ativo muito importante desse processo para que se desfaça esse sentimento, que o eleitorado, às vezes, tem com o Legislativo, de que são campanhas que só se veem de quatro em quatro anos”.

Pesquisa, Redação e Edição: Carlos Martins

Por Redação

Fonte: Diário do Nordeste

Foto: Camila Lima