Já parte do calendário do comércio brasileiro, a Black Friday é uma das principais datas para o varejo em volume de vendas e faturamento. Com a pandemia do novo coronavírus, no entanto, o mercado está indo além dos tradicionais descontos para garantir os bons resultados, projetados para superar em até 8% a edição do ano passado. A data é celebrada na próxima sexta-feira (28), mas muitas empresas já estão antecipando as promoções.
O consultor de empresas e professor da Faculdade CDL, Christian Avesque, aponta que há dois fatores favoráveis este ano, apesar do contexto geral da economia. O primeiro é o auxílio emergencial pago às famílias e empresas para minimizar os impactos da paralisação das atividades. O segundo é a reativação do consumo básico pelas famílias a partir, principalmente, de setembro. “Nós achávamos que esse consumo continuaria travado durante todo o ano. O ponto negativo são os altos índices de desemprego e endividamento e a baixa confiança do consumidor”, pondera.
Ticket médio
Os combos e kits promocionais também se tornaram mais comuns este ano, segundo Avesque. Ele alerta, no entanto, para também oferecer a possibilidade de adquirir os produtos isoladamente, evitando a prática de venda casada, proibida no Brasil. “É vender no cross, impressora mais notebook, sapato mais meia, aumentando o ticket médio”, explica.
Pesquisa, Redação e Edição: Carlos Martins
Por Carolina Mesquita
Fonte: Diário do Nordeste
Foto: Kid Junior