Nos últimos anos, Fortaleza avançou no estímulo ao uso dos transportes coletivo e não-motorizado. Exemplos práticos são a implementação dos corredores de ônibus e a expansão da malha cicloviária. Houve também ênfase do poder público em segurança viária. Mas, por outro lado, esteja em tempos de pandemia ou não, o dilema da superlotação nos ônibus, em determinadas rotas e horários, permanece. Além disso, nos últimos períodos, os registros sobre transporte público reiteram a queda permanente no número de usuários. O que o novo prefeito deve fazer, e quais aspectos precisam ser enfatizados para aprimorar a mobilidade urbana?
Na Capital, a frota cadastrada no Departamento Estadual de Trânsito (Detran) do Ceará, atingiu marca de 1.168.546 veículos. Destes, 625 mil são carros e 310 são motos. No transporte coletivo, em dia útil, segundo a Empresa de Transporte Urbano de Fortaleza (Etufor) há 1.460 veículos, o que equivale a cerca de 83% da frota antes da pandemia.
Integração ainda não saiu do papel
A integração tarifária ainda não ocorre entre ônibus e transportes metroferroviários na Capital e Região Metropolitana. O professor do Departamento de Engenharia de Transportes da UFC, Bruno Bertoncini, afirma que a questão da integração tarifária é um ponto chave na mobilidade urbana.
Uma das necessidades a ser equacionada pelo novo gestor, ressalta Bruno, e justamente conseguir alinhar com o setor de transporte a manutenção da qualidade e ao mesmo tempo garantir uma tarifa justa. Isso porque “uma parte do investimento do setor é de arrecadação tarifária”. Com os usuários em baixa, esse desafio cresce.
Pesquisa, Redação e Edição: Carlos Martins
Por Thatiany Nascimento
Fonte: Diário do Nordeste
Foto: Natinho Rodrigues