Da curiosidade sobre a infinitude de pontos estrelados do céu se tem uma nova perspectiva sobre o nosso lugar da Terra onde, em solo cearense, astrônomos, estudantes e curiosos acompanham eventos celestes. Essa prática é facilitada no Estado pela proximidade com a Linha do Equador, onde há visibilidade mais completa do céu, a baixa nebulosidade e a menor densidade habitacional em municípios do interior, com pouca poluição luminosa. Como resultado da dedicação à astronomia, o Ceará tem destaque em olimpíadas internacionais e produção de pesquisas da área.
O foguete chinês Marcha Longa 5, lançado em missão espacial para coleta de rochas do solo lunar, despertou atenção dos cearenses ao ficar visível no céu durante o início da noite do dia 23 de novembro. Neste mês, entre os dias 13 e 15 de dezembro, a chuva de meteoros Geminídeas deve colorir o espaço, além da conjunção entre Júpiter e Saturno - evento que não ocorre com essas proporções desde a Idade Média -, no dia 21, que pode encerrar os fenômenos astronômicos observados no Ceará em 2020.
Quem se dedica à área têm, de forma mais consciente, uma noção de que integramos um grande sistema e de que usar os recursos ambientais de forma excessiva pode ser determinante para a vida do planeta. O astrônomo amador Lauriston Trindade diz que a experiência na astronomia ensina a valorizar o espaço terrestre. "Quando a gente observa as características de outros planetas, a gente percebe que nosso lugar, a Terra, é o que adequado para a vida da gente. Quando a gente observa, a extensão e o tamanho do universo dá para perceber que o lugar que a gente tem de cuidar é o lugar que a gente vive".
Pesquisa, Redação e Edição: Carlos Martins
Por Redação
Fonte: Diário do Nordeste
Foto: Helene Santos