“Eu não tenho um trabalho, eu tenho uma missão, que me foi dada para que eu possa cumprir com ela até o dia que Deus me determinar”, assegura Mãe Marta, que há quase 40 anos mantém viva a tradição das rezadeiras em Sobral, município localizado a 235 quilômetros de Fortaleza. Com suas ervas e infusões, seu rosário e sua fé inabalável, ela busca promover a cura das doenças, aliviar os sofrimentos e afagar os corações daqueles que a procuram.
A crença e a esperança em algo que vai além do mundo material é, por vezes, necessária para que alguns indivíduos consigam enfrentar dificuldades da existência, além de fechamento e abertura de ciclos. Em meio às incertezas - decorrentes tanto da pandemia quanto do curso naturalmente incerto da vida - e ao fim do ano que se aproxima, os rituais de passagem e bem-estar têm seus efeitos potencializados.
Valor da fé
Em tempos de instabilidade, toda e qualquer ajuda é válida. Durante a estada humana na Terra, rituais sempre atravessaram sua existência, com diferentes fins. Sem negligenciar a importância da ciência e da medicina nos dias atuais, o documentário “Memórias de Fé na Terra da Luz” vem com o propósito de reiterar o semelhante valor que a subjetividade opera no tratamento de males físicos e espirituais.
“Em meio a tanta doença no mundo, ‘tô’ viva, ‘tô’ com saúde. Enxergo [minha missão] como uma benção na minha vida e na vida dos que me procuram. É complicado, mas estamos sobrevivendo”, finaliza.
Pesquisa, Redação e Edição: Carlos Martins
Por Redação
Fonte: Diário do Nordeste
Foto: Alex Meira