O anúncio da suspensão das atividades de alimentação fora do lar após as 20h nos dias úteis e 15h nos fins de semana, em Fortaleza, caiu como uma bomba para os empresários do ramo de restaurantes. Representantes do segmento rechaçaram firmemente as restrições, que avaliam que as medidas são “um retorno à fase mais severa do lockdown" e que vão "aumentar o desemprego".
Em nota, a Associação Brasileira de Bares e Restaurantes no Ceará (Abrasel-CE) afirmou que as novas regras pegaram "totalmente de surpresa os milhares de empregadores, afetando, inclusive, os empregados e suas famílias" e que não há contrapartida do Governo que garanta a sobrevivência das empresas e empregos.
“Por ineficiência do Estado em criar medidas preventivas, em fiscalizar setores que descumprem as orientações sanitárias, o Governo lança a conta para o trabalhador pagar sozinho, sem nenhuma contrapartida que garanta a sobrevivência das empresas e emprego”, acrescenta a associação, destacando que a limitação do horário inviabiliza a operação do setor no serviço noturno.
A Abrasel apresentou há quase cinco meses, sem resposta até o momento, pedido por meio judicial, para que seja apresentado plano de retomada com critérios específicos para cada fase de reabertura. Ao contrário disso, recebe mais uma vez um anúncio que, além de não estar se monstrando efetivo para a saúde pública até o momento, ainda resultará na morte de mais empresas".
Pesquisa, Redação e Edição: Carlos Martins
Da Redação
Fonte: Diário do Nordeste
Foto: Mateus Ferreira