O agravamento da pandemia de Covid-19 no Brasil tem levado governos de vários Estados a impor medidas mais rigorosas de distanciamento social e novas restrições de funcionamento ao comércio. Nesta quarta-feira (3), foi a vez de o governo do Estado de São Paulo anunciar o fechamento de estabelecimentos de setores não essenciais por 14 dias a partir do próximo fim de semana.
Para especialistas, as novas medidas terão forte impacto nos negócios. Enquanto isso, representantes de bares e restaurantes, shopping centers e do comércio de rua se dividiram sobre elas. Uma reivindicação, no entanto, foi unânime: a de ajuda para manter os negócios operando e os empregos dos funcionários.
Apelo a governo e Congresso
Em nota conjunta, a Federação das Associações Comerciais do Estado de São Paulo (FACESP) e a Associação Comercial de São Paulo (ACSP) afirmaram que consideram a situação grave e que isso justifica as restrições mais duras. “Essas medidas tornam-se inevitáveis para controlar o impacto da transmissibilidade do vírus no curto prazo e evitarão o colapso total do sistema de saúde, além de frear a taxa de mortalidade”, escreveu o presidente das duas entidades, Alfredo Cotait Neto.
‘Ambiente de incertezas’
A Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (Abrasel) criticou o posicionamento do governo de São Paulo. Para a Abrasel, as novas restrições criam um “ambiente de incertezas”. “A cada dois dias, enfrenta-se uma mudança de posicionamento. É impossível que negócios se mantenham de pé em um cenário desses, no qual falta planejamento e transparência”, disse a associação, em nota.
‘Retrocede quando necessário’
Em resposta às críticas às novas restrições, a Secretaria de Desenvolvimento Econômico do Estado de São Paulo disse que o governo “atua com plena responsabilidade e transparência no combate e controle do coronavírus, sempre amparado pela ciência com o objetivo de salvar vidas”.
Pesquisa, Redação e Edição: Carlos Martins
Por Aiana Freitas
Fonte: Mercado & Consumo
Foto: Reprodução