Quando a designer de moda Marina Anjos aceitou um novo emprego no Rio de Janeiro, um ano atrás, ela não poderia imaginar os efeitos que a pandemia de coronavírus teriam no Brasil. Em menos de um mês, a jovem teve o contrato suspenso e precisou voltar para a casa da família em São Paulo. Sem ter o que fazer, começou a criar velas aromáticas para se distrair. “Divulguei o trabalho nas redes sociais como uma brincadeira e, em menos de um mês, ganhei 1.000 seguidores e recebi vários pedidos”, conta.
O projeto que nasceu como hobbie de quarentena hoje é uma marca digital de sucesso chamada Cian. A empreendedora fatura cerca de 30.000 reais com pedidos por mês no Instagram e no e-commerce próprio, além de vender mais 30.000 reais em produtos para a Amaro e outras 10 lojas pelo Brasil. “Faturei quase 100.000 reais em quatro meses online. Para este ano, pretendo bater a marca de 300.000 reais”, diz Marina.
Nesta segunda-feira, dia 8 de março, Dia Internacional da Mulher, histórias como a da Marina resumem a força das empreendedoras brasileiras em tempos de crise. Os últimos doze meses não foram fáceis para as mulheres. Com as pessoas passando mais tempo dentro de casa, muitas precisaram equilibrar a educação dos filhos, a alimentação da família, a limpeza doméstica e o seu próprio trabalho.
"As empreendedoras foram altamente impactadas pela pandemia e, segundo pesquisa do Instituto Rede Mulher Empreendedora e Locomotiva, 58% disseram que precisavam se digitalizar, aprender a usar a internet e ferramentas online ajudariam muito", diz Ana Fontes, fundadora da RME e presidente do Instituto RME.
Pesquisa, Redação e Edição: Carlos Martins
Por Carolina Ingizza
Fonte: Revista Exame
Foto: Reprodução