Após renegociarem quase R$ 1 trilhão em contratos de empréstimos em 2020, suspendendo mais de R$ 146 bilhões em parcelas, os maiores bancos do País já começam a identificar novas dificuldades dos clientes na segunda onda da pandemia.
Embora o consenso do setor financeiro seja de que a crise atual será menos profunda do que em 2020, algumas instituições se preparam para uma nova rodada de medidas de apoio ao crédito de empresas e famílias.
Segundo o economista-chefe da Federação Brasileira de Bancos (Febraban), Rubens Sardenberg, a perspectiva agora é de que, embora a pandemia esteja mais forte em 2021, o efeito para a economia deve ser mais concentrado. “Há perspectiva de vacinação, que ainda que lamentavelmente esse processo esteja atrasado. Mas há a perspectiva de que a situação vai melhorar a partir do segundo semestre.”
O Itaú Unibanco ainda não adotou novas ações. “No momento, não vemos necessidade de estender o programa de flexibilização de créditos (o Programa Travessia). Isso não impede que continuemos a discutir situações pontuais de nossos cliente”, afirmou, em nota.
Já o Santander prorrogou por mais três meses a carência nas operações de giro para empresas. De acordo com o banco, 35% das firmas que usam a linha aderiram à opção. Para pessoas físicas, o Santander lançou condições especiais para clientes e não clientes no empréstimo pessoal, no consignado e no financiamento de veículos.
O Banco do Brasil oferece linhas de renegociação que contemplam até seis meses de carência, todas customizadas de acordo com o perfil do cliente. Já a Caixa Econômica Federal tem proporcionado a possibilidade de pausa em contratos de crédito e condições facilitadas para renegociação de dívidas. Para as micro e pequenas empresas, por exemplo, o banco ampliou o prazo de carência para início do pagamento do financiamento do Pronampe de 8 para 11 meses.
Pesquisa, Redação e Edição: Carlos Martins
Da Redação
Fonte: Mercado e Consumo
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