A resposta da ditadura asiática veio depois de o grupo de países defender a investigação que apura a origem do novo coronavírus.
O Partido Comunista da China (PCC) respondeu nesta segunda-feira, 14, às declarações de lideranças do G7, que pediram uma investigação sobre a origem do novo coronavírus. Considera-se a hipótese de que o patógeno tenha “escapado” de um laboratório em Wuhan, no país asiático, segundo relatório da inteligência norte-americana. Os EUA lideram as buscas pela verdade. “Os membros do G7 ignoram os fatos e a ciência, questionam e negam abertamente as conclusões do relatório do grupo de especialistas conjuntos e fazem acusações irrazoáveis contra a China”, informou a embaixada da ditadura, em Londres.
No comunicado, o regime comunista faz alusão a um relatório da Organização Mundial da Saúde. Um grupo de pesquisadores esteve na China, porém, não conseguiu identificar a real origem da covid-19. Os cientistas alegaram que barreiras foram impostas pelo PCC, com a finalidade de que não se pudesse ver evidências do laboratório suspeito de ser a gênese do microrganismo. “Instamos os EUA e outros membros do G7 a respeitarem os fatos, compreenderem a situação, pararem de caluniar a China, de interferir nos assuntos internos da China e de prejudicar os interesses da China”, acrescentou o documento do PCC.
Encontro do G7
O G7 mandou um recado ao Partido Comunista da China (PCC): não vai tolerar a violação de direitos humanos cometida pela ditadura. “Promoveremos nossos valores, inclusive apelando à China para que respeite as liberdades fundamentais, especialmente em relação a Xinjiang e os direitos, liberdades e alto grau de autonomia para Hong Kong”, salientou o grupo de líderes, no domingo 13, durante o encerramento do encontro que durou três dias.
Mais de um milhão de pessoas, incluindo uigures e outras minorias muçulmanas, foram detidas nos últimos anos em campos de concentração em Xinjiang, segundo a Organização das Nações Unidas — o PCC nega a existência desses locais. No documento emitido pelo G7, os chefes de governo demonstraram, ainda, preocupação com o trabalho forçado nas cadeias de abastecimento globais, incluindo os setores agrícola e de vestuário.
Pesquisa, Redação e Edição: Carlos Martins
Da Redação
Fonte: Revista Oeste
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