Esqueça as trapaças e conflitos intermináveis apresentados em “Tom e Jerry”, sensação entre as crianças no fim do século passado e início deste. Desde a última quarta-feira (1º), chegou ao Cartoonito – nova extensão do Cartoon Network, na HBO Max – uma versão educativa do clássico desenho, agregando um distinto componente à famosa dupla de gato e rato.

Intitulada “Tom and Jerry Time”, a nova série substituirá as falcatruas e desavenças entre os dois personagens e investirá em lições que tragam outras perspectivas para o público infantil.  A intenção é sintonizar o programa com lições enriquecedoras sobre convivência, aprendizados escolares, laços familiares e fraternos, entre outras temáticas.

Além do novo “Tom e Jerry”, na lista de desenhos da plataforma também está presente uma outra versão dos Looney Tunes; conteúdos locais, a exemplo de Mundo Bita e Turma da Mônica; e programas com parceiros como Pocoyo, Lucas The Spider, Thomas e seus amigos, Mush-Mush & the Mushables, Masha e o Urso, Cocomelon, Blippi e Little Ellen.

INFLUÊNCIA NO COMPORTAMENTO

Sob outro espectro, considerando o cotidiano da nova geração de crianças, João Lucas e Maria Cecília assistem a “Caillou”, “Monica Toy”, “Simon, O Coelhinho”, “Mundo Bita”, “Wolfoo”, “Small and Learn”, “Tainá e os Guardiões da Amazônia”, entre outros. 

REALIDADE DA PROGRAMAÇÃO INFANTIL

Mergulhando no contexto histórico-social, ela explica que, para uma discussão satisfatória sobre a diferença dos conteúdos exibidos pelos desenhos antigos e os contemporâneos, é necessário primeiro considerar a realidade da programação infantil disponível em cada época.

REFLEXÃO DOS VALORES DOMINANTES

Compreendendo que os desenhos animados não são entidades autônomas criadoras dos próprios conteúdos, mas agentes de reflexão dos valores dominantes na época em que foram idealizados, a professora Andrea Cordeiro ainda contextualiza uma questão bastante pertinente.

Essa, inclusive, é uma dimensão importantíssima dos conteúdos infantis mais recentes: uma maior diversidade étnica e de gênero entre os personagens protagonistas. Dessa forma, trabalhar valores como respeito e tolerância com a criançada torna-se mais fácil diante de um maior espectro de representações e referências disponíveis nos desenhos, algo fundamental para as pessoas de outrora, de agora e do porvir.


Pesquisa, Redação e Edição: Carlos Martins

Por  Diego Barbosa

Fonte: Portal Diário do Nordeste

Foto: Camila Lima/Reprodução