Uma ex-engenheira da SpaceX está fazendo uma série de denúncias sérias contra a empresa de engenharia aeroespacial de Elon Musk. De acordo com a ex-funcionária, altos funcionários da empresa fomentam uma cultura de assédio moral, misoginia e, até mesmo, violência sexual contra mulheres.
Em um artigo escrito para a Lioness, uma plataforma que reúne denúncias de assédio contra mulheres em espaços de poder, a ex-engenheira de integração de missão da SpaceX, Ashley Kosak, descreveu a empresa como um lugar “cheio de sexismo” e que a única solução para as mulheres é se demitir da empresa.
Ambiente insuportável
Segundo Kosak, o ambiente de trabalho na empresa reúne inúmeros homens, que passam o dia todo fazendo brincadeiras de cunho sexual nas funcionárias do sexo feminino. Além disso, ela disse que já chegou a ser tocada sem consentimento e que alguns ex-colegas chegaram a ir até sua casa.
Kosak conta que cada episódio de assédio experimentado na SpaceX foi denunciado ao setor de recursos humanos. Porém, em todos os casos, nada foi feito. “Me disseram que assuntos dessa natureza eram muito particulares para serem discutidos abertamente com os perpetradores”, disse ela.
Cultura de assédio vem de cima para baixo
Para a ex-engenheira da SpaceX, a cultura de assédio existente dentro da empresa é algo que vem de cima para baixo. Segundo ela, o CEO, Elon Musk, promove uma cultura empresarial tóxica nos corredores da SpaceX, e merece ser publicamente criticado por isso.
“O comportamento de Elon Musk tem uma semelhança notável com o comportamento de um homem sádico e abusivo que já havia feito parte da minha vida”, escreveu Kosak. Além disso, ela também disse que Musk usa os engenheiros como um recurso a ser explorado e não como humanos a serem liderados.
“Ele empurra os engenheiros ao ponto de exaustão”, relembrou ela, completando que o bilionário também repreende funcionários de maneira incisiva sempre que suas expectativas não são atendidas, muda as metas a seu bel-prazer e não poupa ameaças de demissão sempre que a produção diminui.
Pesquisa, Redação e Edição: Carlos Martins
Por Kaique Lima
Fonte: Portal Olhar Digital
Foto: Reprodução