A lista mais recente das áreas de risco elaborada pela Defesa Civil de Fortaleza, em 2012, contabiliza 89 espaços. Em 2022, o quantitativo permanece o mesmo, segundo o órgão. Ou seja, em uma década, pouco se avançou na mitigação de problemas que afetam cerca de 22 mil famílias na Capital cearense.

“Com o intuito de tornar a cidade resiliente”, a Defesa Civil considera áreas de risco todas aquelas que podem, através de sua vulnerabilidade, ameaçar a segurança dos munícipes, de acordo com a Secretaria Municipal de Segurança Cidadã (Sesec).

A Defesa Civil diz que o monitoramento desses locais “é feito regularmente”, com limpeza constante dos recursos hídricos e das áreas do entorno, “lugares inadequados para a construção de moradias”. 

Alternativas para solucionar

Segundo Jader, há duas principais linhas de ação para minimizar os problemas nas áreas de risco:

- Estruturais: envolve a abertura de canais, piscinões, reservatórios de contenção de cheias (como é a barragem do Cocó), que são investimentos “extremamente caros e que não resolvem o problema”, ou a realocação de pessoas; 

- Não-estruturais: mais baratas, buscam a preservação da funcionalidade de um recurso hídrico cuja área não deveria ter sido ocupada. Porém, aponta, elas esbarram na pressão imobiliária pela construção de novos empreendimentos.

Além disso, o professor pondera a atualização do Plano Diretor de Drenagem Urbana de Fortaleza e a incorporação de novas técnicas construtivas, para reduzir o escoamento e aumentar a infiltração.

Como pedir ajuda

A Defesa Civil de Fortaleza trabalha dia e noite e, em caso de qualquer risco, pode ser acionada via Ciops, através do fone 190. Os agentes trabalham em regime de plantão, 24h, para atender às demandas da população.


Pesquisa, Redação e Edição: Carlos Martins

Por Nícolas Paulino

Fonte: Portal | Diário do Nordeste

Foto: Reprodução