Em uma notícia que pode interessar a pelo menos três pessoas do Olhar Digital, a startup norte-americana dNovo diz estar avançando em experimentos com o objetivo de desenvolver a cura para a calvície, usando células-tronco humanas em ratos e com resultados…estranhamente eficazes, se reais.

A empresa falou à Fortune que, embora ainda esteja a “anos de distância” para que a tecnologia esteja pronta para os seres humanos, a eficácia atingida em ratos é um indício de que a dNovo possa estar no caminho certo para a cura da alopécia, estampando um sorrido no rosto dos donos de “entradas capilares” e “penteados involuntários de frades franciscanos” pelo mundo.

A empresa, fundada pelo biólogo formado pela Universidade de Stanford, Ernesto Lujan, explica que o tratamento em questão “reprograma” células comuns do corpo – como células gordurosas ou do sangue -, transformando-as em novos folículos capilares.

Esses folículos, por sua vez, tomam o lugar dos folículos com os quais nascemos, produzindo cabelo onde, antes, as madeixas não passavam de meros “tufinhos” no melhor dos cenários.

“Nós estamos atualmente no estágio pré-clínico do desenvolvimento”, disse Lujan à Fortune. “Nós conseguimos resultados promissores em ratos e estamos bem empolgados com eles. Esperamos demonstrar a eficiência [da solução] durante testes clínicos humanos e tornar o nosso produto comercialmente disponível, mas neste momento, estamos em uma fase bastante primária do processo”.

A calvície é, há anos, um ponto de discussão acalorada na comunidade clínica. Até hoje, sua cura definitiva ainda não foi descoberta, e suas causas podem ser extremamente variadas – indo das mais tratáveis, como estresse, uso de cigarros e outros vícios; até as irreversíveis, como herança hereditária.

Entretanto, isso não impediu que diversos métodos de implantes tenham surgido para compensar a falta de, digamos, “folhagem no matagal capilar”. O problema: segundo o Manual do Homem Moderno, um transplante capilar custa, em média R$ 10 mil por sessão – contudo, esse valor é extremamente variável de acordo com o grau de calvície do paciente ou, como eu gosto de me referir, “quanto ar fresco bate no topo da sua cabeça sem resistência”.

Outras soluções envolvem o uso de medicamentos tópicos (aplicados na própria região) ou orais (comprimidos e líquidos “bebíveis”). Nomes como “Finasterida”, “Minoxidil” ou “Dutasterida”, no Brasil; ou “Nutrafol” e “Rogaine”, nos EUA, são muito comuns em farmácias e barbearias. Há também o uso de diversos shampoos que prometem ou acabar com a queda, ou revertê-la totalmente, mas a eficácia deles é variável demais para atestar qualquer resultado.

Piadas à parte, vale lembrar que dermatologistas em todo lugar recomendam que, antes de qualquer tomada de ação, você consulte um profissional médico (o termo exato é “tricologista”, mas dermatologistas conseguem fazer essa análise e dar o devido encaminhamento).


Pesquisa, Redação e Edição: Carlos Martins

Por Rafael Arbulu  

Fonte: Portal | Olhar Digital

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