No começo desta quinta-feira (24), o presidente russo, Vladimir Putin, autorizou uma operação militar na Ucrânia e alegou que o objetivo é proteger civis. Em um longo discurso transmitido na televisão, Putin falou que a decisão é uma resposta a ameaças que alega ter vindo da Ucrânia.
“A situação exige que tomemos medidas decisivas e rápidas”, disse ele e acrescentou que Moscou realizará a “desmilitarização e desnazificação” da Ucrânia e encerrará oito anos de guerra, onde as forças do governo de Kiev tem lutado contra militantes separatistas pró-Moscou.
Além disso, ele acrescentou que a Rússia não tem o objetivo de ocupar a Ucrânia e que toda a responsabilidade pelo sangue derramado é do “regime” ucraniano, alertando também outros países que qualquer tentativa de interferir levaria a “consequências que eles nunca viram”.
Putin acusou os Estados Unidos e seus aliados de ignorarem a exigência da Rússia de impedir a Ucrânia de ingressar na Otan por conta da necessidade de oferecer garantias de segurança a Moscou. Ele afirmou que a operação militar russa quer ter uma “desmilitarização” da Ucrânia e que todos os militares ucranianos que deixarem de lado suas armas poderão deixar com segurança a zona de combate.
A ONU esteve ao vivo e condenou o envio de tropas russas para o leste da Ucrânia, nisso, a secretária-geral adjunta para os Assuntos Políticos, Rosemary DiCarlo, também condenou a ordem durante a reunião de emergência do Conselho de Segurança.
A sessão foi pedida pela Ucrânia, Estados Unidos, México e outros países europeus após o presidente russo anunciar o reconhecimento da independência das autoproclamadas repúblicas de Luhansk e Donetsk. O assessor do ministério de interior da Ucrânia falou que as explosões foram ouvidas perto da capital.
O Ministério da Defesa afirmou que os ataques à Ucrânia não foram por bombas de gás, mas sim por mísseis de fogo. A população não pode evacuar a cidade, já que os aeroportos foram destruídos. Uma parte da população foi bombardeada enquanto dormia, cerca das 5h da madrugada.
Pesquisa, Redação e Edição: Carlos Martins
Por Gabriela Bulhões
Fonte: Portal | Olhar Digital
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