O produto pode ser classificado de acordo com o teor de gordura, mas têm outros fatores que determinam o nível nutricional.

Os laticínios são de extrema importância para a nutrição do corpo. Eles fornecem proteínas e minerais como o cálcio, responsável por fortalecer nossa estrutura óssea. Porém, diante de tantos tipos de leite disponíveis no mercado, às vezes o público tem dificuldade de encontrar o melhor produto para o consumo.

Uma das principais dúvidas é a diferença entre o leite integral, semidesnatado e desnatado.

Além do valor nutricional, as variedades interferem nas receitas, por isso é importante saber suas características. Imagine a decepção de ver o bolo não sair como o esperado ou preparar um molho branco ralo demais porque o leite não era o ideal.

Felizmente, com as informações deste artigo, você pode evitar essas confusões e escolher a melhor opção para o seu dia a dia.

As diferenças entre os tipos de leite

A Portaria nº 146 do Ministério da Agricultura, da Pecuária e do Abastecimento (MAPA) classifica os tipos de leite conforme o teor de gordura. Desse modo, é de se esperar que o mais “magro” seja também o mais saudável, certo?

Não necessariamente. O valor energético (calorias) é apenas um dos elementos para uma dieta equilibrada. Portanto, você também deve analisar outros aspectos antes de escolher o produto para o consumo. Saiba mais a seguir.

Leite integral

O leite integral precisa apresentar, no mínimo, 3% de matéria gorda, conforme as diretrizes do MAPA. Isso significa que para cada 100g de leite, deve haver ao menos 3g de gordura.

Vale destacar que a gordura do leite é importante para o organismo. Esse nutriente ajuda na absorção de vitaminas lipossolúveis, como a vitamina A e D. Além disso, auxiliam em quadros de desnutrição infantil que apresentam baixo peso.

O leite integral colabora para a sensação de saciedade, já que o teor de gordura é elevado. Por isso, se você segue um cardápio equilibrado, não busca redução de peso corpóreo e não tem restrições alimentares, pode consumir esse tipo de bebida.

Leite semidesnatado

O leite parcialmente desnatado, conhecido como semidesnatado, passa por processos industriais que removem a chamada matéria gorda. Assim, o teor fica entre 0,6% e 2,9%.

É uma opção mais compatível para quem segue uma dieta sem restrição total de gorduras. 

O leite semidesnatado ainda funciona como uma importante fonte de proteínas e minerais, ou seja, favorece o fortalecimento ósseo e crescimento muscular.

O potássio, um vasodilatador presente nesse tipo de leite, também auxilia na proteção do coração e diminui o risco de acidente vascular cerebral (AVC). Para tanto, é preciso associá-lo ao consumo de gorduras boas, encontradas nas castanhas, no azeite de oliva e em algumas espécies de peixes.

Leite desnatado

O leite desnatado tem, no máximo, 0,5% de gordura. Essa é a opção mais leve, recomendada para quem está em uma dieta restritiva e busca a perda de peso.

No entanto, o processo para remoção da matéria gorda afeta a composição nutricional do alimento. Ele acaba ficando pobre em vitaminas – tanto que alguns fabricantes fortificam artificialmente as variedades desnatadas. Por isso, a absorção de nutrientes, como as vitaminas A e D, fica mais lenta, já que elas requerem gordura para o transporte dentro do corpo humano.

Consumo de laticínios no Brasil

Independentemente dos tipos de leite encontrados no mercado, o fato é que os laticínios compõem a base alimentar da população brasileira. Números compilados pela Embrapa Gado de Leite mostram um expressivo crescimento nessa indústria.

O consumo per capita de leite e derivados no país, durante um ano, chegou a 166,4 litros por pessoa, em 2018. Esse é um salto significativo em relação aos dados de 1990, quando a média não chegava a 110 litros.

O relatório da Embrapa afirma que não existe uma orientação da Organização Mundial da Saúde (OMS) sobre a quantidade mínima para o consumo de leite. Ainda assim, o brasileiro consome, em média, 480ml a 500ml por dia. Esses valores se alinham com as recomendações de diversos países no mundo.

Já o Guia Alimentar para a População Brasileira, do Ministério da Saúde, inclui o leite entre os alimentos minimamente processados. São aqueles que passam por poucos procedimentos antes da comercialização, mantendo as características de quando foram extraídos da natureza. Por esse motivo, estão entre os mais saudáveis e devem estar presentes no cardápio.

Informação e alerta com a PROTESTE

A Sociedade Brasileira de Alimentação e Nutrição (SBAN) reforça que a bebida é um dos alimentos mais completos para o consumo. Um copo de leite tem a mesma quantidade de cálcio que seis xícaras e meia de espinafre. Além de outras vitaminas e minerais.

Ainda de acordo com a organização, o consumo regular de laticínios está associado ao controle de vários problemas de saúde, como diabetes tipo 2, obesidade, osteoporose e doenças do coração. Por isso, os lácteos devem estar na base de uma alimentação saudável.

Contudo, se você desconfia que tem restrições ao leite, procure um especialista. Condições como intolerância à lactose, açúcar do leite e alergia à proteína do leite são comuns, e é preciso ouvir a opinião de um profissional antes de mudar o cardápio.

Quanto ao tipo de leite que você deve escolher, isso depende das suas necessidades nutricionais. Cada organismo responde de um jeito único aos alimentos, procure um profissional para garantir melhores escolhas e o seu bem-estar.

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Pesquisa, Redação e Edição: Carlos Martins

Da Redação

Fonte: Blog | Minha Saúde - Proteste

Foto: Reprodução