A era de ouro do rock foi dos anos 60 aos 80, período esse onde surgiram a maioria daquelas bandas consideradas as maiores de todos os tempos. Entretanto, o tempo não perdoa ninguém, e uma hora a idade começa a pesar. Por conta disso, já na década de 90 vimos nomes como Ozzy Osbourne e Kiss anunciando turnês de despedida — algo corriqueiro hoje em dia.
Muita gente tem um pé atrás com isso, e vê como um mero artifício para arrancar uma grana extra dos fãs. Ainda mais quando vemos bandas que já se despediram voltando a fazer turnês na cara de pau. Um dos críticos dessa tendência é o canadense Neil Young, que a considera uma "palhaçada".
Conforme publicado pela Far Out Magazine, em entrevista para a Rolling Stone, Young foi perguntado sobre uma turnê de despedida. Sarcástico, ele respondeu com humor:
"Vou fazer com a Cher. Cher e eu vamos fazer uma turnê de aposentadoria." Falando sério, ele disse que "quando eu me aposentar, as pessoas vão saber, porque estarei morto. Eles vão saber: 'Esse não volta mais! Ele está aposentado.' Mas eu não vou dizer 'Eu não volto mais'. Que palhaçada é essa? Eu posso sair e tocar se eu estiver afim, mas eu não estou. Eu tenho uma ótima banda Tenho duas ótimas bandas: Promise of the Real e Crazy Horse — ambas grandes bandas, mas diferentes. As duas conseguem fazer um monte de coisas."
Uma banda conterrânea de Neil Young também avessa à ideia de uma turnê de despedida era o Rush. Em 2015, o trio fez sua despedida dos palcos sem alarde, com uma retrospectiva da própria carreira na R40 Live Tour.
Pesquisa, Redação e Edição: Carlos Martins
Por André Garcia
Fonte: Portal | Revista Whiplash
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