Poeta norte-americano é um dos nomes mais influentes e fundamentais da cultura pop no século XX

Robert Allen Zimmerman, ou simplesmente Bob Dylan, completa 82 anos nesta quarta-feira (24). Autor de canções que iluminaram as paisagens dos Estados Unidos dos anos 1960, se tornaram crônicas de uma geração e influenciaram um punhado de bandas e artistas ao redor do mundo desde então, o compositor e poeta, reconhecido com o Prêmio Nobel de Literatura em 2016, é um dos nomes fundamentais para se entender a música pop produzida nos últimos 60 anos.

A vida e a obra de Bob Dylan foram examinadas, debatidas e observadas por uma quantidade imensa de livros, seminários, cursos, dissertações de mestrado e teses de doutorado. No cinema, Dylan também foi visto pelo olhar de diretores e documentaristas. Aqui, selecionamos três obras que valem a atenção do leitor e dos fãs do poeta norte-americano nascido na cidade de Duluth, no estado de Minnesota.

Fora da breve lista a seguir, o documentário “Don’t Look Back”, com roteiro e direção de D.A. Pennebaker, merece ser mencionado. O filme acompanha a turnê de Dylan pela Inglaterra durante 1965. 


“Rolling Thunder Revue – A Bob Dylan Story”, disponível na Netflix

Documentário no estilo road movie desvenda os bastidores da turnê “Rolling Thunder”, que percorreu os Estados Unidos e um par de cidades do Canadá entre outubro de 1975 e maio do ano seguinte. Os shows eram realizados em lugares pequenos e inusitados. Em um bingo, senhoras fumavam seus cigarros e escutavam o beatnik Allen Ginsberg declamar um poema sobre festas comunistas, vaginas, lobotomia e morte. Depois disso, Dylan senta ao piano e toca “Simple Twist of Fate”. O filme estreou na Netflix em junho de 2019 e ilumina personagens como Scarlet Rivera, violinista que tocou no ótimo álbum “Desire”, de 1976.

“No Direction Home: Bob Dylan”, disponível no Globoplay

Em 2h20, o documentário, lançado em 2005 e também dirigido por Martin Scorsese, narra parte da trajetória musical de Bob Dylan, da chegada à Nova York em um congelante inverno de 1961 à ascensão e deliberada saída de cena em 1966 após um quase fatal acidente de moto, passando pelo tumultuado estrelato de um artista que desafiou sensos comuns, assumiu a guitarra elétrica para indignação dos puristas do folk, lançou discos e canções icônicas e revolucionou a forma de escrever música pop na década de 1960. “No Direction Home” também mostra a exaustão de um adoecido e entorpecido Bob Dylan em meio às turnês e às coletivas de imprensa – algumas delas divertidíssimas.

“I’m Not There”, disponível no Prime Video 

Dirigido por Todd Haynes, “I’m Not There” (ou “Não Estou Lá”, como foi traduzido em português) é um longa de ficção livremente inspirado em episódios da vida e da obra de Bob Dylan, a começar por pegar emprestado o título de uma das canções do poeta norte-americano. O filme chegou aos cinemas brasileiros em 2008 e traz Christian Bale, Cate Blanchett, Marcus Carl Franklin, Richard Gere, Heath Ledger e Ben Whishaw interpretando as várias facetas de Dylan: Um pastor, um astro do cinema, um poeta, um homem do campo, um cantor pop pálido, magrelo e cansado do assédio, um garoto viajante desbravando as estradas dos Estados Unidos e um homem do campo. Michelle Williams, Julianne Moore e Charlotte Gainsbourg também estão no elenco.


Pesquisa, Redação e Edição: Carlos Martins

Por Bruno Mateus | @eubrunomateus

Fonte: Portal | O Tempo

Foto/Imagem: Reprodução