A unificação das eleições municipais, estaduais e federais está em pauta no Congresso, com o objetivo de economizar recursos gastos a cada dois anos. Dentre as opções para a concomitância de gestões, prefeitos e vereadores cearenses defendem a prorrogação dos atuais mandatos, para que em 2022 possam ser eleitos para todos os cargos — de prefeito a presidente. Parlamentares, contudo, consideram que a proposta tem pouca perspectiva de ser aprovada.
Em encontro entre prefeitos e vereadores de municípios cearenses e a bancada federal ontem, o tema foi um das discussões centrais, contando com a presença do relator da matéria na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara, Valtenir Pereira (MDB-MT).
A unificação de mandatos, explica o presidente da Associação de Municípios do Ceará (Aprece), Nilson Diniz, será positiva para a convergência de planejamentos das gestões municipais e estaduais. "Há sempre uma discussão negativa sobre ter que prorrogar. O importante é que a gente possa pensar no futuro onde os programas plurianuais pudessem coincidir e pudessem se somar", afirma.
Apenas 20% da bancada comparece
Dos 25 parlamentares federais cearenses — 22 deputados e três senadores — apenas cinco estiveram ontem na reunião com prefeitos e vereadores cearenses. Ainda assim, poucos foram os que ficaram durante todo o encontro. Enquanto alguns chegaram perto do fim, outros tiveram que se ausentar mais cedo. AJ Albuquerque (PP), Eduardo Bismarck (PDT), José Airton (PT), Leônidas Cristino (PDT) e Robério Monteiro (PDT) foram os deputados que estiveram na reunião.
Segundo o presidente da Associação dos Municípios do Ceará (Aprece), Nilson Diniz, entre as razões para explicar estão dois grandes eventos que ocorreram na Capital ontem: a convenção do PSD e a passagem do ministro do Turismo, Marcelo Álvaro Antônio.
Pesquisa, Redação e Edição: Carlos Martins
Fonte: Luana Barros/Opovo
Foto: Fabio Lima