Moeda digital tem parceria com gigantes como Mastercard, PayPal, Uber e Spotify e poderá ser usada pelo Messenger e WhatsApp.
O Facebook anunciou nesta terça-feira (17), a criação de uma moeda digital própria. Chamada de libra (sem nenhuma ligação com a moeda britânica), ela chegará ao mercado em 2020, permitindo transações dentro das plataformas da empresa, como WhatsApp e Facebook Messenger. A iniciativa é parte de um projeto ambicioso da rede social, que pode romper fronteiras monetárias, promover inclusão financeira e, de quebra, transformar a companhia de Mark Zuckerberg em uma fintech (startup de serviços financeiros).
Moeda terá baixa volatilidade
O projeto Libra aprendeu com as lições das outras criptomoedas, como o bitcoin, e foi pensado para evitar as variações abruptas de valor que afetam as moedas virtuais e que são fonte de especulação e de ruínas. O dinheiro real utilizado para comprar a libra será a reserva e garantia do dinheiro virtual, cujo valor refletirá o de moedas estáveis como o dólar e o euro, segundo os credores. "Estará respaldada por uma reserva de ativos que assegura utilidades e baixa volatilidade", disse o vice-presidente da Calibra, carteira digital da libra, Tomer Barel.
“A grande diferença dessa para outras moedas é que a libra tem um lastro efetivo, não é especulativa”, analisa José Vignoli, educador financeiro do portal Meu Bolso Feliz. Para ele, isso proporciona uma segurança maior à moeda.
Carteira digital se chamará Calibra
Para operar as transações da moeda, o Facebook criou uma subsidiária, a Calibra. Ela oferecerá a carteira digital pela qual será possível realizar pagamentos e enviar remessas para contatos no Messenger e no WhatsApp, além de ter aplicativos próprios para Android e iPhone. Hoje o Facebook tem 2,7 bilhões de usuários em seus diversos aplicativos.
Pesquisa, Redação e Edição: Carlos Martins
Fonte: Mie Francine Chiba/Grupo Folha
Foto: Google Imagem