Operação Métis investiga rastreamento ilegal de escutas telefônicas.
Chefe da Polícia do Senado teria ajudado Sarney, Collor, Lobão Filho e Gleisi.
PF faz operação no Senado e prende quatro policiais legislativos
Operação Métis investiga rastreamento ilegal de escutas telefônicas.
Chefe da Polícia do Senado teria ajudado Sarney, Collor, Lobão Filho e Gleisi.
Ana Paula Andreolla e Mariana Oliveira
Da TV Globo, em Brasília
A Polícia Federal prendeu na manhã desta sexta-feira (21), em Brasília, quatro policiais legislativos suspeitos de prestar serviço de contrainteligência para ajudar senadores investigados em operações da PF, como a Lava Jato.
A suspeita é que esses policiais faziam varreduras nas casas de políticos para, por exemplo, identificar e eliminar escutas instaladas com autorização judicial.
A operação se baseou no depoimento de um policial legislativo. Ele relatou ao Ministério Público Federal que o chefe da polícia do Senado teria realizado medidas de contrainteligência nos gabinetes e residências dos senadores Fernando Collor de Mello (PTC-AL), Gleisi Hoffmann (PT-PR) e dos ex-senadores José Sarney (PMDB-AP) e Edison Lobão Filho (PMDB-MA), que foi presidente do Senado.
Crimes investigados
A prisão dos quatro policiais suspeitos é temporária (com prazo definido para terminar – cinco dias prorrogáveis por mais cinco).
Um dos presos é Pedro Ricardo Araújo Carvalho, chefe da Polícia Legislativa. Os outros três são: Geraldo Cesar de Deus Oliveira, Everton Taborda e Antonio Tavares.
Foram expedidos ainda cinco mandados de busca e apreensão e quatro de afastamento de função pública. Os policiais legislativos são servidores do Congresso que atuam na segurança no prédio.
"Foram obtidas provas de que o grupo, liderado pelo diretor da Polícia do Senado, tinha a finalidade de criar embaraços às ações investigativas da Polícia Federal em face de senadores e ex-senadores, utilizando-se de equipamentos de inteligência", afirmou a Polícia Federal em nota sobre a operação.
Pesquisa, Redação e Edição: Carlos Martins
Fonte: Ana Paula Andreolla e Mariana Oliveira
Da TV Globo, em Brasília
Foto: Elielton Lopes