Termina nesta quarta-feira o prazo para que o prefeito do Rio, Marcelo Crivella (PRB-RJ), apresente sua defesa no processo de impeachment aberto contra ele no início de abril pela Câmara dos Vereadores do Rio.
A defesa ocorre em um período turbulento para o prefeito: nas últimas duas semanas, além da ameaça de impedimento, ele acumulou o pior temporal do Rio em 22 anos, deixando 10 vítimas, e o desabamento de dois prédios em uma comunidade dominada por milicianos, na zona oeste da cidade, matando pelo menos 16 pessoas.
O processo de impeachment - o primeiro aberto contra um prefeito no Rio desde a redemocratização - é baseado em denúncia de irregularidade administrativa, mas reflete um somatório de problemas políticos, polêmicas e a impopularidade que marcam a gestão de Crivella, que está no terceiro ano do mandato.
Bispo licenciado da Igreja Universal do Reino de Deus e sobrinho do fundador da igreja, Edir Macedo, Crivella entrou na política como senador, foi ministro da Pesca e da Aquicultura do governo Dilma Rousseff e derrotou o atual deputado federal Marcelo Freixo (PSOL-RJ) na disputa para suceder o ex-prefeito Eduardo Paes (ex-MDB, hoje no DEM).
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Pesquisa, Redação e Edição: Carlos Martins
Fonte: Júlia Dias Carneiro
Da BBC News Brasil no Rio de Janeiro
Foto: Google Imagem