Além das consequências mentais e sociais, outros danos percebidos são problemas de ordem motora. Segundo a psicóloga clínica e neuropsicóloga do ambulatório de Psiquiatria Geral do Hospital Universitário Walter Cantídio, Hilzanir Machado, as crianças que ela já atendeu no Ceará apresentavam prejuízos dessa ordem.
"A criança acha mais fácil digitar, só colocar o dedinho ali, então, a coordenação motora fina está ficando bloqueada, entendeu? Porque na coordenação motora fina você pega no lápis, faz a letra cursiva e é difícil, é trabalhoso, é mais fácil digitar, botar o dedinho na tecla. Então, está dando atraso escolar”.
Prejuízos físicos alarmantes
Pesquisas realizadas pelo Delete, núcleo especializado em nomofobia do Instituto de Psiquiatria da UFRJ, identificaram que crianças vem desenvolvendo problemas de hérnia de disco e outras doenças na coluna por causa da postura inadequada diante dos dispositivos.
“Geralmente, crianças com 10 anos, que são nativos digitais, já começam a ter problemas de articulação, problemas de coluna porque sempre usaram a tecnologia de uma maneira errada e os pais, como as tecnologias entraram na vida deles nos anos 90 pra cá, não sabem como educar essas crianças”, afirma a psicóloga Anna Lucia Spear, pioneira no país no estudo do vício patológico em celular.
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Pesquisa, Redação e Edição: Carlos Martins
Fonte: Kílvia Muniz/Redação
Foto: Reprodução