Os ex-titãs falam do ambiente político delicado do País e de como podem protestar sem mais fazer uma 'música de protesto'.
Eles não se juntavam em um estúdio desde 2016, quando se reuniram com Paulo Miklos, Sergio Britto e Branco Mello para cantar Azul de Presunto no disco Jardim Pomar. Agora, os dois ex-Titãs Nando Reis e Arnaldo Antunes fazem um rápido reencontro para os dois shows da turnê de Nando, Esse Amor Sem Preconceito, baseado no álbum Não Sou Nenhum Roberto, mas às Vezes Chego Perto, com regravações de Nando para músicas que fizeram sucesso sobretudo nos anos 1970 na voz de Roberto Carlos.
Nando e Arnaldo se alinham em mais de um ponto e o principal deles, aparentemente, é a forma como dizem se sentir ameaçados e hostilizados como artistas em um mundo politicamente polarizado. Mas, ao contrário dos anos de Titãs, quando o protesto poderia aparecer em uma lista de desafetos como Nome aos Bois, hoje ele pode estar no simples ato de se batizar uma turnê como Esse Amor Sem Preconceito ou de se gravar sambas ao lado de rocks como fez Arnaldo em seu disco mais recente.
Pesquisa, Redação e Edição: Carlos Martins
Fonte: Julio Maria/Terra
Foto: Reprodução