O King Crimson é notável por não aceitar a entrada de câmeras e celulares em seus shows. A medida gerou polêmica quando foi anunciada, mas a banda mantém seu posicionamento e não volta atrás.
Há, claro, situações que demandam exceção, por falta de controle. Um exemplo foi o show do King Crimson no Rock in Rio 2019 - por ser um festival, não daria para a banda impor suas regras. Entretanto, quando o grupo tem a devida autonomia, câmeras e celulares de fãs são proibidos.
Em entrevista ao jornalista Justin Beckner, do Ultimate Guitar, o vocalista e guitarrista Jakko Jakszyk comentou e defendeu a decisão. O músico destacou que, na maioria dos casos, não vê sentido em filmar algo que você está presenciando pessoalmente e pontuou que os próprios artistas se sentem "acuados" pelas lentes.
De início, Jakko exemplificou: "Nas passagens de som, tocamos uma música chamada 'Fracture' que, para os fãs de Crimson, é uma obra-prima e não a tocamos muito nos shows. Às vezes, tocamos nos shows, mas não aparece muito - e o motivo é que alguém tirou alguma foto ou gravou algum vídeo nas músicas anteriores".
Em seguida, ele completa: "Uma música como 'Fracture' é difícil e na nova afinação, fica ainda mais complicada (para o guitarrista Robert Fripp). E se fazemos um show com câmeras aparecendo, isso tira a concentração e ele não toca essa música".
Pesquisa, Redação e Edição: Carlos Martins
Por Igor Miranda
Fonte: Whiplash
Foto: Reprodução