As substâncias podem causar efeitos imediatos e comprometem a coordenação motora dos condutores

O uso de bebidas alcoólicas e sua relação com a direção defensiva é um tema que preocupa as autoridades de trânsito e geram frequentes alertas para a sociedade. O comportamento de beber e dirigir ainda é um dos principais fatores da causa de acidentes em ruas e avenidas de todo o mundo.

Segundo informações esclarecidas por Antônio Ferreira, superintendente da Autarquia Municipal de Trânsito e Cidadania (AMC), um estudo realizado pela Associação Brasileira de Medicina de Tráfego (Abramet) mostrou que o álcool compromete as capacidades cognitivas como atenção, orientação e memória. A modificação na capacidade de raciocínio, a perda de reflexos e dores de cabeça também são consequências causadas pelo consumo.

Além de aumentar os riscos, essa condição reduz as chances de sobrevivência do indivíduo. “Quanto mais a pessoa tiver ingerido bebida alcoólica, maior sua chance de sofrer um acidente fatal. Além disso, os possíveis impactos podem causar também mais ferimentos diretos em uma pessoa que está bêbada”, explica.


O Código de Trânsito Brasileiro (CTB) indica tolerância zero para embriaguez no trânsito. Diversas campanhas são realizadas ao longo dos anos para alertar a população sobre os perigos que envolvem a prática. O motorista que conduzir um automóvel sob influência de álcool a partir de 0,05 miligramas, deve receber uma infração gravíssima, além do recolhimento e suspensão da habilitação por 12 meses.

“Após a abordagem, o veículo fica retido até que outro condutor habilitado apto a conduzir o veículo seja apresentado. Caso o motorista demonstre alterações na capacidade psicomotora, o mesmo poderá ser preso com pena que varia de seis meses a três anos”, reforça Antônio.

Sancionada em 2008, a Lei Seca apresenta diretamente normas para inibição do consumo de bebidas alcoólicas pelos condutores brasileiros. De acordo com dados da ONG Centro de Informações sobre Saúde e Álcool, nos últimos anos, a taxa de óbito caiu 32%, entretanto, os números ainda precisam de maior expressão. “Os resultados são menores que nos anos anteriores, mas é importante seguirmos vigilantes. É preciso estar de acordo com a lei e não dirigir embriagado. Uma simples atitude evita acidentes e pode salvar vidas”, conclui.


Pesquisa, Redação e Edição: Carlos Martins

Por Agência de Conteúdo - DN

Fonte: Portal | Diário do Nordeste

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