Por trás dos números em alta escala da Covid-19, o Ceará conseguiu reduzir, até setembro último, os casos de Influenza A (H1N1). Conforme a Secretaria Estadual da Saúde (Sesa), os nove primeiros meses deste ano somaram 19 diagnósticos, enquanto em igual período do ano passado, foram 105. Dessa forma, o intervalo contabiliza uma baixa de 81,9%. Especialistas justificam o recuo com base nos protocolos sanitários adotados para combater o novo coronavírus, que acabaram protegendo também contra a enfermidade sazonal.
Os dados compilados pela Sesa mostram que o mês de março, quando o Ceará confirmou os três primeiros infectados pelo SARS-CoV-2, acumulou o maior número de casos de H1N1, com 11 pacientes em tratamento para a gripe. Já em maio, considerado o pico local da pandemia de Covid-19, apenas um entrou nas estatísticas. Desde então, nenhum outro caso foi anotado, isto é, o Estado está há quatro meses sem novos registros de H1N1. O balanço do mês de outubro ainda está sendo fechado.
Vacina
A cobertura vacinal da H1N1 também influenciou na redução de casos da doença no Ceará, já que mais pessoas foram imunizadas, aponta Mônica Façanha. De acordo com a Sesa, 2.935.485 doses da vacina foram aplicadas neste ano, o que equivale a 96,98% de alcance. Em 2019, o número de doses chegou a 2.564.995, isto é, 94,94% dos grupos prioritários.
Apesar de a dose não proteger contra a doença pandêmica - apenas para outros tipos do vírus influenza -, a Pasta federal antecipou a aplicação em todo o território brasileiro justificando que poderia ajudar profissionais de saúde a diagnosticarem a Covid-19 por eliminação.
Pesquisa, Redação e Edição: Carlos Martins
Por Redação
Fonte: Diário do Nordeste
Foto: Helene Santos