Elas mal viraram a segunda década de vida e já podem ser consideradas veteranas quando o assunto é música sertaneja. Afinal, das paixões que começam a despertar desde cedo, essa foi uma capaz de consolidar horizontes e projetar outros. Mulheres cearenses estão se lançando com grande vigor em um cenário ainda notadamente marcado pela presença masculina.

Muito dessa vontade de quebrar barreiras no meio e ir adiante com talento e perseverança se conecta com a herança deixada por Marília Mendonça. Vítima de acidente aéreo na última sexta-feira (5), a cantora e compositora goiana é presença frequente na fala da também artista musical Luh Barboza, 21.

“Ela foi e sempre será a minha maior inspiração”, destaca, situando a tristeza em receber a notícia da morte de quem tanto admirava. “Tive muita dificuldade de comparecer a alguns shows em barzinhos que eu já havia fechado. Foi um grande baque para todos nós”. Mas o que poderia ser motivo de paralisia, agora injeta cada vez mais fôlego nos trabalhos adiante.

Nos palcos desde os 12 anos, Luh percebe que seguir na música e construir uma carreira nunca foi e nunca será fácil. Mesmo assim, não desiste de buscar a realização de sonhos e de tocar o público pela emoção. Ela coroa as noites de Fortaleza com um repertório que caminha entre o sertanejo e o piseiro, gêneros favoritos.

LEGADO ESTENDIDO

Quando reflete sobre as artistas responsáveis por alavancar novos percursos para outras integrantes do panorama, os nomes vêm facilmente. Além das já citadas Marília Mendonça e Paula Fernandes, Luh Barboza referencia Maiara & Maraisa, Simone e Simaria e Naiara Azevedo. Segundo ela, o reconhecimento conquistado pela nova geração de mulheres no sertanejo e no piseiro só foi proporcionado por conta dessas intérpretes.

SEMPRE UM ROMANTISMO 

Igualmente com pouca idade, Letícia Lima Araújo, 22, também escolheu percorrer esse caminho musical e elege o componente romântico como a bandeira-master de sua atuação nos bares, restaurantes e festas privadas da Capital.

“Quando comecei a cantar, meu repertório era só Marília, e até hoje também tem muitas músicas dela no meu show. As pessoas sempre pedem muito, Marília atingiu todas as idades e gêneros”. É continuar seguindo essas mulheres para comprovar que a semente plantada está rendendo inspirados e cativantes frutos.

Serviço

Você pode acompanhar o trabalho de Luh Barboza e de Letícia Lima Araújo, respectivamente, por meio destes links: @luhbarbozaoficial e @leticialimacantora


Pesquisa, Redação e Edição: Carlos Martins

Por Diego Barbosa

Fonte: Portal Diário do Nordeste

Foto: Reprodução