Médica psiquiatra sugere caminhos para o tratamento do transtorno de ansiedade
No Brasil, a população está cada vez mais ansiosa. De acordo com o último grande mapeamento global de transtornos mentais, realizado pela Organização Mundial da Saúde (OMS), o País possui a maior prevalência de transtornos de ansiedade do mundo. Aproximadamente 9,3% dos brasileiros sofrem de ansiedade patológica, segundo a Organização.
“A ansiedade é como um alarme do nosso corpo que sinaliza quando estamos em risco, mas quando está exageradamente alta, esse ‘alarme’ começa a nos sinalizar riscos com mais frequência que deveria e para atividades simples, o que vai gerando medo, insegurança e receio de se expor por uma preocupação exagerada”, explica a psiquiatra Emanuella Sobreira Lacerda Feitosa, diretora técnica do Hospital de Saúde Mental de Messejana.
O transtorno de ansiedade é uma condição que pode ter um impacto significativo na qualidade de vida das pessoas, trazendo uma série de repercussões físicas. As mais comuns são: coração acelerado, excesso de suor, dores no corpo, tontura, boca seca, náuseas e visão turva.
Embora existam muitas formas de tratamento disponíveis, muitas pessoas buscam abordagens mais naturais e holísticas para gerenciar seus sintomas. Felizmente, há uma variedade de práticas saudáveis que podem ajudar a reduzir a ansiedade e melhorar o bem-estar geral. Aqui estão quatro atitudes que podem ajudar quem sofre de ansiedade.
1. PROCURE AJUDA ESPECIALIZADA
O acompanhamento médico é fundamental para quem sofre de transtorno de ansiedade. O tratamento medicamentoso orientado por um especialista, juntamente com tratamento psicológico e o estilo de vida mais saudável para a mente, trazem resultados significativos. Nesse sentido, a terapia cognitiva comportamental também é uma aliada. “Para ansiedade, é uma excelente ferramenta de tratamento que garante um bom atendimento aos seus pacientes, promovendo mais qualidade de vida por meio da ética, cuidado e respeito. Com sessões estruturadas e técnicas eficientes, você consegue trabalhar, sem dificuldades, com os mais variados níveis do transtorno”, argumenta Emanuella Sobreira.
2. Aprenda técnicas de meditação
A meditação auxilia na regulação emocional, afirma a psiquiatra. Aprender técnicas de meditação ajuda os praticantes a entrar em um estado de tranquilidade e relaxamento profundo, para que identifiquem e controlem emoções no dia a dia. Meditar ajuda a respirar melhor. “Controlar a respiração é uma estratégia eficiente para relaxar o corpo e a mente. Nos últimos anos, muitos profissionais da área da saúde investiram em pesquisas para comprovar os benefícios que a respiração correta oferece no cotidiano”, acrescenta a médica.
3. FAÇA EXERCÍCIOS AERÓBICOS
O exercício físico pode ajudar a reduzir o estresse e a tensão muscular, que são comuns em pessoas com transtorno de ansiedade. Além disso, auxilia na produção de endorfinas e outros neurotransmissores que melhoram o humor e reduzem os sintomas de ansiedade. “Os exercícios, principalmente os aeróbicos, ajudam a regular a neurotransmissão cerebral deixando o cérebro mais ‘tranquilo’, com uma sensação de bem-estar. Dessa forma, geram repercussões na melhoria da qualidade do sono, disposição para o dia a dia e aumento da autoconfiança”, explica Emanuella Sobreira. Um cérebro calmo consegue administrar melhor os pensamentos recorrentes e que geram aflição.
4. ESTABELEÇA UMA ROTINA SAUDÁVEL
Criar uma rotina saudável que inclui exercícios físicos regulares e uma alimentação equilibrada pode ajudar a aumentar a autoestima e a confiança em si mesmo, reduzindo a ansiedade. “Para evitar o aumento dos sintomas ansiosos é importante ter uma rotina bem estabelecida, praticar exercícios físicos regularmente, ter qualidade de sono, alimentar-se de forma saudável, evitar excesso de telas, dedicar um tempo a você, fazendo atividades manuais, meditação ou tendo um hobby”, sugere a psiquiatra.
Pesquisa, Redação e Edição: Carlos Martins
Por Agência de Conteúdo DN
Fonte: Portal | Diário do Nordeste
Foto: Reprodução