Com codinome Projeto 92, app pode ter nome comercial "Threads" e será lançado "assim que pudermos"

A Meta revelou aos funcionários o aplicativo autônomo que planeja lançar por meio do Instagram para competir com o Twitter.

O aplicativo foi demonstrado durante reunião geral, nesta quinta-feira (8), com trabalhadores pelo diretor de produtos Chris Cox, que chamou de resposta da Meta ao Twitter.

Detalhes do novo app

- Cox disse aos funcionários que a Meta ouviu de criadores e figuras públicas que desejam plataforma “gerida de maneira sensata”;

- A empresa está em negociações para que famosos, como Oprah Winfrey e Dalai Lama, se comprometam a usar o aplicativo, disse Cox;

- Cox disse ainda que a Meta espera lançá-lo “assim que pudermos”;

O aplicativo tem o codinome interno de Projeto 92.

- O Projeto 92 será baseado no Instagram e integrado ao ActivityPub, protocolo de mídia social descentralizado. 

Isso teoricamente permitirá que os usuários do novo aplicativo levem suas contas e seguidores com eles para outros aplicativos que suportam o ActivityPub, incluindo o Mastodon.

Zuckerberg e sua opinião sobre o Apple Vision Pro

Ainda na reunião, o presidente-executivo da Meta, Mark Zuckerberg, compartilhou seus pensamentos sobre o recém-lançado headset Apple Vision Pro. Zuckerberg disse que a boa notícia é que a Apple não apresentou nenhuma “solução mágica […] a qualquer uma das restrições das leis e da física que nossas equipes ainda não exploraram e pensaram”.

Os comentários de Zuckerberg vêm uma semana depois que a Meta anunciou o Quest 3, a última edição do headset de computação da empresa. Zuckerberg apontou que a Apple optou por telas de alta resolução para seu fone de ouvido, resultando em dispositivo que custa sete vezes mais do que o próximo Quest 3.

O criador do Facebook observou que o Vision Pro usa bateria externa, acrescentando que cada demonstração que a Apple mostrava era de uma pessoa sentada em um sofá, em vez de estar ativa.

"O anúncio deles realmente mostra a diferença nos valores e na visão que nossas empresas trazem para isso, de forma que considero realmente importante. Inovamos para garantir que nossos produtos sejam tão acessíveis a todos quanto possível".

Mark Zuckerberg, durante reunião com funcionários da Meta

Meta deixa metaverso de lado e olha para a IA generativa

Além disso, Zuckerberg fez vários anúncios sobre os esforços da Meta com IA generativa. Essas iniciativas incluem “agentes” de IA baseados em LLM com personalidades ou habilidades exclusivas para Messenger e WhatsApp e recurso de geração de fotos, que permitirá aos usuários do Instagram modificar suas imagens usando comandos de texto e depois compartilhá-las nos Stories.

Zuckerberg também compartilhou alguns esforços internos de IA generativa voltados para os funcionários, incluindo o chamado Metamate, assistente de produtividade que extrai informações de fontes internas para executar tarefas a pedido dos funcionários.

"No ano passado, vimos alguns avanços realmente incríveis – avanços qualitativos – em IA generativa e isso nos dá a oportunidade de, agora, pegar essa tecnologia, impulsioná-la e incorporá-la a cada um de nossos produtos".

Mark Zuckerberg, durante reunião com funcionários da Meta


Pesquisa, Redação e Edição: Carlos Martins

Por Rodrigo Mozelli 

Com informações de The Wall Street Journal e The Verge 

Fonte: Portal | Olhar Digital

Foto: Reprodução