Categoria decidiu pela suspensão da greve na manhã desta terça-feira (4). Profissionais seguem em estado de greve, estágio em que a greve pode ser iniciada a qualquer momento.
Enfermeiros, técnicos e auxiliares de enfermagem de Fortaleza suspenderam a greve iniciada na quinta-feira, 29 de junho. A decisão foi tomada na manhã desta terça-feira (4), em assembleia da categoria. Segundo o Sindicato dos Empregados em Estabelecimentos de Serviços de Saúde no Estado do Ceará (Sindsaúde Ceará), todos os setores seguem em estado de greve.
No estado de greve, os trabalhadores seguem em um estágio de alerta, sinalizando que uma greve pode ser iniciada a qualquer momento.
Conforme informações do Sindsaúde, os servidores discutiram a proposta de abertura do canal de negociação apresentada pela Prefeitura de Fortaleza. Os profissionais aprovaram a suspensão temporária da greve, mantendo ainda um calendário de mobilizações pelo pagamento do piso salarial.
Com o movimento grevista iniciado há menos de uma semana, os profissionais de enfermagem têm como reivindicação principal para a Prefeitura de Fortaleza o pagamento do piso salarial da categoria, que foi sancionado em abril deste ano pelo presidente Lula.
O piso nacional dos enfermeiros dos setores público e privado foi fixado em R$ 4.750. O valor serve de referência para o cálculo mínimo salarial de técnicos de enfermagem, auxiliares de enfermagem e parteiras.
Decisão judicial
Na sexta-feira (30), a Justiça havia determinado que os profissionais da enfermagem do Instituto Doutor José Frota (IJF) suspendessem a greve sob pena de multa diária de R$ 15 mil.
Conforme o desembargador Fernando Luiz Ximenes Rocha, autor da decisão, o movimento grevista havia sido iniciado sem o aviso prévio e sem manter a quantidade mínima de profissionais atuando.
Neste domingo (2), a direção do IJF informou que a redução de profissionais no atendimento prejudicou a realização de cirurgias eletivas e transferências de pacientes para leitos.
A unidade recebeu também a visita de representantes da Comissão de Saúde da Ordem dos Advogados do Brasil e do Ministério Público do Estado do Ceará. Os representantes informaram que tentariam mediar o diálogo entre a Prefeitura e a categoria.
Em nota divulgada no último (2), o Sindsaúde afirmou que foi respeitado o percentual de 30% dos profissionais trabalhando, conforme estabelecido por lei em casos de greves, para manter o atendimento.
Pesquisa, Redação e Edição: Carlos Martins
Da Redação
Fonte: Portal | Por g1 CE
Foto: Reprodução/Sindsaúde Ceará