Amy Lee, vocalista do Evanescence, criou o grupo em 1995, e conquistou sucesso mundial em 2003 com o hit "Bring Me To Life", faixa que ganhou diversos prêmios e conta com mais de 700 milhões de audições no Spotify. Em conversa com Stephen Hill, da revista Metal Hammer, a cantora falou sobre poder tocar ao vivo novamente, dinheiro, e a energia do grupo atualmente.
"Há uma energia nova agora que encontramos. Emma (Anzai, baixista). É como se fosse o universo nos dizendo o que o Evanescence deveria ser. Descobri, à medida que envelheci, como deixar o universo fazer isso; você tem que deixar de lado seus próprios planos. Isso certamente lhe dá uma nova energia quando você está neste espaço novo e positivo. Nós realmente temos algo especial, nos sentimos como irmãos e irmãs e temos boas lembranças de todos os membros da nossa banda", afirmou.
A cantora também falou sobre as opiniões erradas que outros podem ter dela, e comentou sobre sua liderança na banda. "Eu não fico frustrada com representações negativas de mim, porque elas são apenas isso — percepções. Uma das coisas que melhorei em fazer ao longo dos anos é ignorar as percepções errôneas das pessoas. As pessoas não sabem todos os detalhes de como as coisas funcionam e o que passamos, então não posso ficar com raiva se eles têm uma certa ideia de mim porque simplesmente não sabem. Tenho lutado por essa banda desde adolescente, e não poderia fazer isso sozinha, mas sou a líder e as pessoas com as quais trabalho amam que eu seja uma líder, e eu amo receber suas opiniões. O respeito mútuo entre os membros da banda é crucial", explicou.
Em 2021, o Evanescence lançou seu quinto álbum de estúdio, "The Bitter Truth", cujas gravações tomaram quase todo o ano anterior. Infelizmente, devido às restrições causadas pela pandemia do coronavírus, o grupo foi impedido de cair na estrada imediatamente. "Retornamos em novembro do ano passado, e depois de um tempo sem ter música ao vivo, poder compartilhar aquele lançamento, aquela coisa linda que todos compartilhamos quando há milhares de pessoas em um lugar, o que é uma libertação para o meu coração. Não seria a mesma coisa se estivesse apenas cantando no escuro, então sou grata pelo que faço, de uma forma que não poderia ser quando saímos pela primeira vez."
Amy Lee, refletiu também sobre o sucesso e como a arte pode ser penalizada quando é tratada meramente como produto. "Você não pode medir o sucesso em números e dinheiro. Eu realmente acredito que se você estiver falando com o coração e colocar todo o seu coração nisso, isso vai se conectar com as pessoas. O problema é que as pessoas tentam ganhar dinheiro e tentam sobreviver, mas isso te prende. O comércio é inimigo da arte, e hoje em dia sinto que todo mundo está tentando me vender alguma coisa, e odeio isso, isso me faz não acreditar", concluiu.
"Evanescence em São Paulo! 21 de outubro - Novo Anhangabaú! Ingressos: Eventim (13 de julho)".
Pesquisa, Redação e Edição: Carlos Martins
Por Emanuel Seagal
Fonte: Portal | Revista Whiplash
Foto: Reprodução