A arquiteta Raquel Cabral compartilha as vivências e descobertas de Marcello. Vídeo mais recente da dupla já ultrapassa dez milhões de visualizações.

As vivências e descobertas de Marcello estão encantando a internet. O menino de cinco anos, filho da arquiteta Raquel Cabral e do engenheiro civil Achilles Barreto, convive com a síndrome de Down.

Nas redes sociais, a família assumiu a missão de falar sobre a rotina da criança para 'desmitificar e acolher'. Um dos vídeos mais recentes, onde o menino aparece contando como a mãe recebeu a notícia de sua síndrome, já ultrapassa as dez milhões de visualizações.

'Criei essa página com a ideia de desmistificar a síndrome de Down, de mostrar para as pessoas que existe uma felicidade após um diagnóstico', apontou Raquel.

O diagnóstico de Marcello veio ainda na gravidez. A criança também nasceu cardiopata e precisou passar por uma cirurgia até que tudo fosse normalizado. Foi nesse momento que a arquiteta teve a ideia de 'mostrar o Marcello para o mundo'.

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'Aceitei muito bem desde o início. Sempre recebi muito bem porque tinha uma visão de que eu seria uma mãe nada convencional'.

Raquel e Achilles também são pais de Bernardo, de 13 anos, que é fruto de adoção, e de Maria Alice, de outra relação do engenheiro.

A arquiteta conta que já havia passado por três abortos e que quando engravidou de Marcello - o que não foi programado - sua única preocupação era se o coração dele estava batendo.

Nas redes sociais, o dia a dia de Marcello em casa, na escola, nos passeios e seu empenho em se tornar independente e autônomo, fazem sucesso.

'Eu percebo que as mães sofrem muito. Sempre aceitei muito bem e isso torna o Marcello mais feliz, porque ele sabe que desde cedo foi muito amado. Isso me deixa com essa responsabilidade. Com a repercussão, vejo a quantidade de famílias que eu e Marcello estamos representando para mostrar que tudo vale a pena', contou Raquel.

Conforme g1 já havia noticiado, a síndrome de Down é causada pela presença de 3 cromossomos 21 em todas ou na maior parte das células de um indivíduo. Isso ocorre na hora da concepção. As pessoas com síndrome de Down têm 47 cromossomos no núcleo das células em vez de 46, como é comum. O Brasil possui uma população de 350 mil pessoas com síndrome de Down, são 8 mil nascimentos por ano na proporção de 1 com síndrome a cada 750 nascidos.

A síndrome de Down não é uma doença, mas uma condição inerente à pessoa, portanto não se deve falar em tratamento ou cura. Essa condição está associada a algumas questões de saúde que devem ser observadas desde o nascimento da criança. O termo correto é criança com síndrome e criança comum (nunca falar em criança normal).

‘A síndrome é uma das inúmeras características dele. O Marcello tem as características individuais dele, tem uma memória incrível, sabe cantar todas as músicas, cheio de personalidade. Se a gente consegue enxergar primeiro nosso filho e depois a sindrome, tudo se torna mais fácil’, resumiu Raquel.

Pesquisa, Redação e Edição: Carlos Martins

Da Redação

Fonte: Portal | G1 Ceará

Foto: Reprodução