O filme "Cazuza – O Tempo Não Pára" (2004) fez muito barulho quando lançado e muitos criticaram a ausência de Ney Matogrosso na película dirigida por Sandra Werneck e Walter Carvalho.

Na autobiografia "Vira-Lata de Raça", Ney Matogrosso fala com ressentimento da ocasião, dizendo que ficou triste quando assistiu. Ele explicou que a desculpa que deram para retirá-lo do corte final foi porque ele seria "tão grande que não caberia no filme".

"Quando me lembro do filme que fizeram sobre ele, eu fico triste. Não é falar mal, mas é muito reducionista. Ele era muito mais do que aquilo que tentaram retratar, isso me incomoda. É impossível descrever a vida de um ser humano em um filme, mas quem conhece a história real fica chocado com o resultado. Cadê você no filme, Ney?, me perguntam o tempo todo. Essa é a pergunta que todos fazem, e que a diretora e o produtor do filme devem responder.

Não sou eu que vou responder porque fui excluído do roteiro. A diretora foi na minha casa e eu contei tudo para ela, desde o momento em que conheci o Cazuza até o último dia em que a gente se viu. Falei de toda a nossa trajetória e nosso amor. Depois me disseram que eu era um personagem tão grande que não cabia no filme. Eu amei e dirigi o último show do Cazuza, quando ele já estava muito doente, além de convencê-lo a terminar com 'O Tempo Não Pára', que se tornou um hino da contracultura".

Os problemas do filme de Cazuza

O filme "Cazuza: O Tempo Não Pára" retrata a vida e carreira do cantor brasileiro Cazuza, sendo uma produção de 2004 da Globo Filmes. Em uma entrevista ao Corredor 5, o baterista do Barão Vermelho, Guto Goffi, expressou sua opinião sobre a representação da banda no filme. Ele observou uma distorção na forma como o Barão Vermelho foi retratado, descrevendo uma imagem infantilizada e amadora que contrastava com a realidade da dedicação diária da banda aos ensaios e ao aprimoramento musical.


Pesquisa, Redação e Edição: Carlos Martins

Por Gustavo Maiato

Fonte: Portal | Revista Whiplash

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