Banda lançou seu segundo álbum de estúdio, ‘Back to the Basement’

Donos de um visual icônico e que remete ao estilo vintage, Hurricanes vem se consolidando como uma das melhores bandas do cenário de rock nacional atual.

Originalmente do sul do Brasil, o grupo lançou seu segundo álbum de estúdio Back to the Basement (2024), seguindo na mesma boa linha do trabalho de estreia, auto-intitulado, de 2023.

No mesmo ano de lançamento de seu primeiro registro, eles foram os responsáveis por abrir o show do The Black Crowes em São Paulo, sendo elogiados pelos mesmos.

Em entrevista exclusiva com o Wikimetal, o guitarrista Leo Mayer comentou sobre o lançamento, o show de abertura já citado, o visual da banda e mais!

Ao falar sobre as músicas presentes em Back to the Basement, ele explica que, assim como em seu sucessor, algumas músicas “sobraram”, a exemplo de “Down the Street”.

“Down the Street começou a ser gravada no primeiro álbum e a gente não achou ela pronta o suficiente pro primeiro e acabou entrando nesse.”

Apesar de o primeiro álbum da banda já apresentar uma alta qualidade, o segundo foi capaz de aumentar ainda mais o nível. A performance ao vivo, algo pelo qual eles são bastante conhecidos, exerceu papel fundamental na decisão do que entraria ou não no trabalho, uma vez que algumas não estavam “prontas”.

No segundo registro do Hurricanes, eles trouxeram alguns elementos diferentes, como violões e pianos elétricos, e ele resume essa novidade como sendo algo que eles sentiram falta no primeiro.

O período de distância entre os dois registros foi curto, e eles sentiram esse impacto: “Enquanto a gente tava na estrada divulgando esse álbum, a gente conseguiu levar esse álbum pra várias cidades e [estávamos] ao mesmo tempo compondo e gravando, então foi muito corrido. Foi uma coisa que deu uma desgastada na nossa saúde.”


“A gente deu uma cansada. Então, a ideia é que seja rápido, que não demore muito, mas eu acho que para o ano que vem eu não acredito que a gente consiga esse mesmo ritmo, mas vai saber. Esse foi meio assim, a gente começou a gravar e então já estava pronto, foi muito rápido.”

Ao falar sobre a oportunidade de abrir o show do The Black Crowes, Mayer descreveu como sendo “a realização de um sonho”.

“A gente nunca acreditou que ia acontecer, a gente sempre via shows vindo pra cá e pensava, ‘pô, podia abrir esse show’. Sempre foi muito difícil. Ainda mais vindo lá do Rio Grande do Sul, a gente não tinha muito contato. E aí quando aconteceu o convite, que também foi muito inesperado, foi num show nosso, um casal de amigos, que hoje são nossos amigos, eles viram o show e falaram, ‘pô, vocês têm que abrir o show do Black Crowes, não sei o que’, a gente: ‘nossa! foda’ e tal mas não imaginávamos que realmente poderia acontecer.”

Ele admite que a banda ainda não estava 100% preparada. A performance foi de 30 minutos e de som autoral, sendo o segundo da banda, mas isso não impediu a boa recepção por parte do público, “abraçou muito” a Hurricanes.

Não é apenas o som deles que faz você ser transportado de volta à década de 1970. Seu visual também é bastante característico, e o guitarrista explica ser algo: “natural, a gente não pensa muito.”

“A gente gosta muito de ambos, tanto visual quanto sonoro. Muita gente pergunta, eu vejo em comentários, ‘pô, o que vocês querem fazer com o som dos anos 1970?’ Tipo, é isso, sabe? Não tem pra onde correr.”

“Eu gosto disso, o Rodrigo [Cezimbra] gosta disso, o Henrique [Cezarino] gosta disso e o [Guilherme] Moraes gosta disso. Então, é o nosso rolê, sabe? Se soa assim, pô, eu fico feliz pra caramba. Então, não tem como fugir disso, sabe? O que a gente realmente ama e o que a gente faz.”


Pesquisa, Redação e Edição: Carlos Martins

Por Bia Cardoso

Fonte: Portal | Wiki Metal

Foto/Imagem: Reprodução